Pirilampo

No breu da noite
O silêncio é uma ilusão.
Canta o rio, canta o vento,
Ao compasso do sapo parteiro.
Os olhos habituam-se ao escuro
E, de forma surpreendente,
O brilho da lua e das estrelas
São suficientes para guiar os meus passos.
E pelo caminho, tu, meu querido pirilampo,
De vida tão frágil e fugaz,
Sem medo de brilhar na escuridão
Fazes da noite um local mágico!
E, sem sequer suspeitar,
Desde a tua pequenez
À grandeza que inspiras
Relembras a quem quer ver
Que estamos aqui para sermos LUZ!
Porque temos tanto medo de brilhar?
Porque temos tanto medo da luz uns dos outros?
E se cada um se permitisse brilhar
E na consciência da efemeridade da vida
Voasse, voasse...
Espalhando a sua centelha.
Tornando, tal como tu, a escuridão num lugar lindo e mágico!
Relembrando a quem quer ver
Que estamos aqui para sermos LUZ!
Meu querido Pirilampo,
Tal como tu
Não tenha eu medo de brilhar!
Rita
(imagem retirada de https://www.wallpaperbetter.com/nature-and-landscape-wallpaper/firefly-nights-102666)