Setembro

01-09-2023

E Setembro chegou!

Aos poucos, vamo-nos despedindo do verão, voltando às rotinas ou criando a intenção de instalar novas rotinas, que nos levem a um dia-a-dia com mais significado e bem-estar.
A vida foi-me ensinando a importância das rotinas, mas também me foi demonstrando a dificuldade em implementar e sustentar boas e novas rotinas. Vou percebendo que estas devem andar sempre de mãos dadas com o conhecimento do que é importante para mim, quais os meus valores e de como quero a minha vida. Não tem nada a ver com força de vontade, com espírito de sacrifício, com disciplina, mas sim com amor-próprio, respeito por mim mesma, pela minha vida e pelo meu tempo. A forma como "gasto" os meus dias mostram-me aquilo que priorizo. E deixo a pergunta:

Será que estou a priorizar o que é realmente importante para mim?

A relevância de viver de uma forma minimamente consistente, é ir direcionando os dias para aquilo que vou descobrindo ter valor para mim, para aquilo que me traz alegria e substância. Não me estou a iludir, não tenho pretensões de que um dia tudo se encaixe de forma perfeita e que tudo vá ao encontro das minhas expectativas. E são inúmeras as vezes que tenho aquela vozinha cá dentro "ah mas não me apetece mesmo nada… deixa para amanhã!". 

É dificil assumir a responsabilidade pela minha vida, dá trabalho gerir a resistência
à mudança, e os recuos e a frustração fazem parte do processo. Mas não há mais ninguém do que eu, interessado na minha felicidade e bem estar. Só eu posso assumir as rédeas desta vida, que é minha! 

E com paciência, amor e autocompaixão (para mim nunca resultou pela força ou pela autoagressão) sou persistente na implementação de rotinas, que entendo que me aproximam de mim mesma, da minha essência, da minha alma.

Porque é tão fácil entrarmos neste comboio a alta velocidade que é a vida e perdermos a noção em que direção nos dirigimos e se vamos ao encontro do destino desejado... E aquelas rotinas que vamos implementando conscientemente, pacientemente são grandes atos de amor próprio, pequenos sinais que nos relembram o caminho pretendido.

Rita