Simplicidade
Tenho o hábito de fazer, fazer e fazer!
Mas há em mim grande necessidade por momentos em que possa apenas SER!
No outro dia fui até ao parque e sentei-me à sombra de um carvalho centenário,
Assisti a um bailado de folhas douradas, que alheias à minha presença,
graciosamente treinavam pirouettes e jetés.
De vez em quando,
poc... poc...
Uma bolota caía ao chão.
No rio os patos brincavam.
Elevavam-se num pequeno voo, ganhavam velocidade e
"splash"
mergulhavam para emergir uns segundos depois,
Divertidos, sorrindo ao sol de outono que os aquecia.
Honrando a vida pela presença plena no momento.
Rch... rch...rch...
Uma pomba surpreendentemente ruidosa aproxima-se de mim, calcando o tapete de folhas castanhas, vermelhas, amarelas.
E um guarda-rios, azul, brilhante, rouba atenção do meu olhar.
Sempre que me encontro com a natureza, ela pacientemente me reensina
E com gratidão eu relembro o poder da simplicidade.
A simplicidade da paz!
A simplicidade da alegria!
A simplicidade da existência!
Rita
(imagem retirada de https://www.portugaltextil.com/folhas-de-outono-tingem-texteis/)